top of page

ONE UP ON WALL STREET - PARTE 2.A

  • Foto do escritor: danielagmportela
    danielagmportela
  • 28 de fev. de 2022
  • 13 min de leitura

PARTE 2.A – PICKING WINNERS

(P.100)


Surge no seguimento da PARTE 1.



EDGE (VANTAGEM)

Não precisamos saber tudo sobre uma ação para estarmos investidos, mas existem vantagens para os conhecedores que trabalham numa área de negócio, estarem investidos nessa área.


Profissional Edge – é bom para conhecer quando se deve comprar, e quando não se deve comprar, especialmente em indústrias cíclicas.


Exemplo: Indústria química, escassez de produtos, aumento de preços, demanda, se novos competidores vão construir fábricas e se isso vai demorar mais 2-3 anos até começarem a produção…


BUY - Procuramos uma situação onde o valor dos ativos por ação exceda o preço por ação (o preço a que ela está a cotar no mercado).


Sempre que uma ação chegar à tua atenção, isso não é um sinal de compra. É um sinal de RESEARCH MORE – vai para a lista de observação!


“Investing without research is like playing stud poker and never looking at the cards.”

Peter Lynch


_ É necessário colocar o mesmo esforço na escolha de stocks, com que se coloca a escolherem as mercearias num supermercado.


_ É necessário criar a história de investimento consoante o tipo de stock.

(P.108)


Se acontecer algo bombástico… é de ir a correr comprar a stock?


Não se estiveres a começar a construir a história de investimento. Isto requer tempo de investigação, comparação, verificação das fontes.


Lynch dá o exemplo de quando sai uma notícia bombástica de um novo negócio ou algo formidavel que vai acontecer, e até alguém recomendou e a stock sobe como reação a esse evento, introduzindo uma valorização artificial ao negócio – aumento do market cap, o que pode não corresponder ao valor da receita para essa empresa.


Exemplo: Proctor & Gamble adquiriu uma unidade de negócio e isso foi muito bombardeado nos media e fez a stock subir, mas essa unidade de negócio adquirida não representa assim tanta % nas vendas.


(P.110)

BETA

Empresas com grande market cap não tem grandes movimentos de preço, logo à partida é mais difícil duplicar o dinheiro em pouco tempo. – Comentário pessoal da autora: Isto é uma afirmação generalista da época. 20 anos depois, sabemos que empresas enormes como a NVIDIA, ou a TESLA, podem apresentar um beta médio (a 5 anos) elevado, ou seja, terem grande movimentos de preço em relação ao mercado em geral, e amplificarem simultaneamente o valor investido, ou não (também vale para o reverso).



Lynch entende que a duplicação do dinheiro será mais rápida com Small Caps. Eu sou da opinião que sim, mas que poderá ser mais arriscado.


AS 6 CATEGORIAS DAS AÇÕES

(P.111)


As ações têm papeis diferentes num portefólio, e só conseguimos fazer uma distribuição com critério se classificarmos primeiramente as ações e compreendermos que vantagem / papel irão desempenhar nesse portefólio. Costumo equiparar as ações a tacos de golfe, os quais preconizam funções diferentes em cada buraco. Ninguém pensaria em fazer uma saída com um putter e não seria muito conveniente sacar a bola do bunker de areia com um driver, mas sobre isso vou escrever um artigo dedicado que fará a ponte entre o meu desporto favorito, que é o golfe (e me parece que também é o de Peter Lynch), e o mercado acionista.


Estas são as categorias que Peter Lynch usa para classificar as stocks (uma stock pode pertencer a várias categorias em simultâneo) :

01 – SLOW GROWERS

02 – STALWARTS

03 – FAST GROWERS

04 – CYCLICALS

05 – ASSET PLAYS

06 – TURNAROUNDS



Vamos começar então pelas…


01 – SLOW GROWERS












O crescimento de 1 empresa é medido contra o crescimento da economia.

Slow growers crescem em linha com o GNP nacional.


GNP representa o Crescimento (Growth Rate) de países. Para comparação, é considerado um crescimento rápido entre os 20 a 30% ao ano, para se considerar uma ação como sendo uma Fast Grower.


Outro sinal típico de Slow Grower é o DY (dividend yield) elevado (generoso e constante). Peter Lynch defende a teoria que estas empresas distribuem estes dividendos porque lhes falta criatividade em aplicar o dinheiro noutra coisa, como por exemplo aquisições. Isto não significa que seja errado distribuírem dividendos, pelo contrário, pode para essas empresas em particular, ser até a melhor forma e mais equilibrada na sua gestão.


 

COMENTÁRIO PESSOAL:


Os dividend haters agarram-se àquelas frases e descontextualizam-nas. Distorcem muitas vezes as palavras de Peter Lynch no que concerne os dividendos. Eles não sabem que o fundo Magellan tem uma grande parte de ativos alocados em empresas pagadoras de dividendos. Ou não leram o livro até ao fim, ou não estudaram suficientemente o método do autor, ou é-lhes conveniente fazer interpretações erradas.


Cada ação tem uma função num portefólio ativo e não se pode confundir alhos com bugalhos, nem querer ter um portefólio só de alhos.


Sobre isso farei um artigo exclusivo dedicado ao “MITOS sobre DIVIDENDOS” e num capítulo que o Peter Lynch reservou neste licro para esse efeito.


 

02 – STALWARTS















Coca Cola, Procter & Gamble; Bristol Myers; Colgate; MMM; Kellog, têm normalmente um EPS de 10 a 12% (crescimento anual) e trepam mais rápido que as Slow Growers.


Para Lynch, são ações para obter 50% de retorno em 1 ou 2 anos e vender pois não se vai espremer dessas stocks muito mais. Depois comprar outras Stalwarts subvalorizadas para obter outros 30 a 50% e repetir o processo.


Num portefólio de proteção do capital, mais conservador, ele entende que são ações que se devem manter com o propósito de se aguentarem bem durante recessões, logo vão ajudar muito no equilibro do bolo e em preservar grande parte do capital investido.


03 – FAST GROWERS















- Crescem mínimo 20% a 25% ou mesmo 30% ao ano, são empresas novas, agressivas e pequenas.


- Negócios / setores com lento crescimento podem na mesma ter empresas que crescem mais rápido que o seu setor / indústria.


- São empresas com muito risco e Wall Street penaliza com facilidade devido à espectativa não se cumprir, e quando crescem devagar normalmente a cotação cai a pique. Recentemente (2022) posso acrescentar que quando é dada uma previsão de crescimento e ela não é cumprida, ou mesmo que o seja não ser ultrapassada, a cotação destas empresas cai em bolsa. São empresas que o Peter Lynch recomenda deter em menos de 10% do portefólio, mas vamos ver isso na PARTE 3, na distribuição do portefólio. As pessoas têm ideia errada, que o Peter Lynch obteve grandes retornos por estar super-investido nestas empresas, mas a verdade não é essa, como ele próprio justifica na parte final deste livro.


- Olhar para as empresas que tenham bons Balance Sheets e que façam lucros substanciais.


- Ver QUANDO vão parar de crescer e QUANTO estavam dispostos a pagar (dívida, etc) pelo crescimento.


04 – CYCLICALS











Uma empresa cíclica é uma empresa cujas vendas e lucros sobem e descem regularmente e até previsivelmente. É um negócio que expande e contrai e volta a fazer o mesmo, repetidamente.


Exemplos de indústrias cíclicas:

- Automóvel

- Companhias aéreas

- Pneus

- Aço e materiais

- Indústrias químicas

- Defesa (mais porque dependem das políticas e orçamentos de estado)


Saindo de uma recessão para uma economia vigorosa, as cíclicas florescem, e as cotações tendem a subir mais que as das Stalwarts.

Quando a economia retoma há mais consumo, as pessoas compram carros e fazem viagens, há mais procura de materiais para a construção como o aço, e de produtos químicos para o fabrico dos mais variados produtos consumíveis.


Existe o risco de perderes 50% do capital se compras cíclicas no momento errado do ciclo e poderá demorar anos a recuperarem. O Timming é tudo nas cíclicas e tem de se detetar sinais iniciais de que aquele negócio está a cair ou sinais de que irá reatar.


05 – TURNAROUNDS















- Empresas em via de falência (o chamado formulário Chapter 11 nos Estados Unidos) normalmente por má gestão.


Tipos de Turnarounds identificadas com humor por Peter Lynch:


a) Bail-us-out-or-else

Tipo Chrysler ou Lockheed, que dependem da garantia de empréstimo do governo. Normalmente são grandes empresas que não existe interesse do Estado que colapsem.


b) Who-would-have-thunk-it

Tipo C. Edison… quem poderia crer que irias perder tanto dinheiro a investir nesta Utility, e depois inverteu. De $10 USD passou a $3 USD em 1974, e de $3 USD passou a $52 USD em 1987 (13 anos depois).


c) Little-problem-we-didn´t-antecipate

Tipo Three Mile Island em que uma tragedia menor foi percebida como sendo pior do que realmente era e na menor tragédia encontrava-se a oportunidade de compra.


d) Restructuring-to-maximize-shareholder-values

Tipo Penn Central. Libertou-se de certas subsidiárias que não deviam ter comprado anteriormente. Essas aquisições anteriormente aplaudidas eram chamadas diversificação. Peter Lynch chama “diworsesification”. Já se percebeu que Lynch, embora muito sério, tem um grande sentido de humor. Comparo atualmente a AT&T a uma destas empresas que erram nas aquisições e depois vêem-se forçadas a desprender-se daquela unidade de negócio, e até a vende-la por menos a que a compraram.


06 – THE ASSET PLAY















É quando a empresa está sentada em algo com valor, mas que Wall street não conhece (ou não quantifica). Pode ser cash, pode ser Real Estate.


Exemplo 1: Empresa de Caminhos de Ferro tem assets como os direitos de exploração do oil e gás naquela região onde passam as linhas; direitos sobre exploração de minerais e madeira. Nos Estados Unidos as companhias de caminhos de ferro são donas do terreno onde constroem as linhas, (P.126)


Exemplo 2: Telecomunicações podem ter earnings fracos e bastante dívida, mas detém as infraestruturas. Cada subscritor do cabo vale X para a franquia. (Milhões de subscritores usam a mesma rede, o que multiplica o valor do asset. Neste exemplo concreto, chamo atenção para que hoje em dia as telecomunicações funcionarem de uma forma um pouco diferente. Muitas vezes a infraestrutura pertence a um REIT como a American Tower, que depois a aluga à Verizon ou à AT&T. Já não existe aquela questão de não se apanhar a rede de A ou B porque não há uma antena da A ou da B nas proximidades. (P. 127)



HIGHFLYERS TO SLOW RIDERS


Uma empresa não se mantém para sempre na mesma categoria. Ela pode por exemplo ser uma FAST GROWER e passar a CICLICA por ser um setor com essa caraterização ou que se tornou como tal, e a uma TURNAROUND quando deixou de crescer… e pode novamente passar a cíclica se recuperar de um período de restruturação eficiente.


Primeiro tens de saber o que procuras. Procuras crescimento lento, rápido, proteção à recessão, uma turnaround, um bounce cíclico ou assets?


Não se podem tratar as ações de forma igual. Colocar as ações em categorias é a 1ª coisa que tens de fazer para saber que tipo de história de investimento estará ligada a cada uma delas e saber se essa história se vai concretizar.



1º Classificar as stocks

2º Construir a história (implica entender o negócio)


ATRIBUTOS FAVORAVEIS DA PERFECT STOCK

(P.130)


01 – Soar chata ou melhor ainda, ridícula.


02 – Fazer ou produzir algo chato. Se uma empresa com ganhos terríveis e um bom balanço também faz coisas chatas, dá-te imenso tempo para comprares a desconto e venderes quando se tornar trendy (uma ação da moda) e overpriced.


03 – Fazer algo desagradável (cemitérios, recolha de lixo…).


04 – Spinoff de uma unidade de negócio que seja melhor estar fora da stock.


05 – As instalações não são XPTO e os analistas não a seguem.


06 – Os rumores à sua volta: está envolvida com lixo tóxico ou com a mafia (brincadeira do Lynch, mas perceberam a ideia).


07 – Há algo deprimente acerca dela.


08 – É uma indústria sem crescimento.


09 – Tem um nicho – líder de mercado, sem concorrência.


10 – As pessoas têm de a continuar a comprar / usar os seus produtos – sticky company.


11 – Que use tecnologia – em vez de investir no produtor dos scanners, quais são os supermercados que os usam?


12 – Insiders BUY – No geral os insiders são net sellers. Eles normalmente vendem 2,3 ações por cada 1 que compram. Executivos com salários mais baixos tipo 45 mil dólares/ano comprarem 10K de ações é mais significativo que o presidente (que ganha mais) comprar. Presidente compra 5k e o vice compra 1k – é mais significativo o vice comprar 1k. Isto serve para ilustrar que devemos perceber qual é a posição da pessoa que comprou, na empresa, e que quantidade comprou. Consegues saber isso porque as empresas são obrigadas a declarar no Form 4 ao SEC.


RAZÕES PARA “INSIDER SELLS”:


a) Precisam de dinheiro para projetos pessoais ou pagamento de divida pessoal.

b) Podem ter decidido diversificar noutras stocks. (P.144)


RAZÕES PARA “INSIDER BUYS”:


a) Acham que o preço está undervalued e que irá subir futuramente.


Aqui se compreende, que razões para vender há muitas, ainda há o facto de muitas empresas pagarem bónus aos funcionários sob a forma de ações, e isso apresentando-se como um extra por vezes é transformado em cash pelos próprios que as recebem. Contudo, razões para comprarem a empresa, à partida, só há uma, e é bom sinal.


13 – Empresa faz BUYBACKS

Quando a empresa compra de volta as suas próprias ações, o número de ações (outstanding shares) diminui no mercado, logo o EPS sobe. Se a empresa compra de volta metade das suas ações e no geral os earnings se mantém os mesmos… o EPS vai duplicar.


Alternativas aos buybacks:

01 – Aumentar o dividendo

02 – Desenvolver novos produtos

03 – Começar novas operações

04 – Fazer aquisições


O Processo oposto aos BUYBACKS é a emissão de novas ações, que nos Estados Unidos se chama Diluição, e em Portugal conhecemos como a operação corporativa de Aumento de Capital.


AÇÕES A EVITAR

(P149-151)


“Se eu pudesse evitar uma stock, seria a hottest stock na indústria mais hot do momento.”



As ações hot podem subir imenso, mas suportam-se em ar fino. Se não fores esperto em vender hotstocks (e o facto de as teres comprado, já é um sinal de que não serás esperto), rapidamente terás os teus lucros transformarem-se em perdas. Porque quando caírem não vão cair devagar, nem parar no preço a que as compraste.


“If you had to live off the profits from investing in the hottest stocks in each successive hot industry, soo you’d be on welfare.”


Não existe P/E ratio em ações que não tem earnings ainda.

Se os prospetos para o futuro são assim tão bons, porque não esperar até mais tarde, quando a empresa tiver track record? Espera pelos Earnings! Podes na mesma ter 10 bags em empresas com Earnings e não apenas empresas que os prometem. (P. 159)


BEWARE THE MIDDLEMAN


Cuidado com empresas que dependem de poucos clientes.


BOOK VALUE ou NET ECONOMIC WORTH (item tangível)


BV = All assets – Divida


Existe ainda um outro tipo de valor, que é a capacidade de gerar receita.

(P.168)


P/E RATIO, pode em data providers (na altura jornais) ser anormalmente alto porque a empresa declarou algumas perdas de longo prazo contra os ganhos de curto prazo correntes, penalizando essas earnings no global.

P/E ratio é o número de anos que levará à empresa a ganhar de volta a quantidade do investimento inicial, assumindo que os ganhos serão constantes.


PER normal para uma utility seria entre 7-9; para uma stalward entre 10 a 14 e para uma fast grower entre 14 a 20 (em 1989).


 

COMENTÁRIO PESSOAL


Acho necessário para além das referências setoriais, ver o PER normal a que determinada ação costuma transacionar ao longo de vários anos para se perceber se, à data, o PER está baixo ou não e de seguida procurar saber os motivos. Por exemplo não se pode analisar um banco isolamente e tirar ilações sobre o PER ser baixo, sem perceber o PER normal do setor, o PER normal daquele banco em questão e qual a valorização normal (média) que o mercado tem transacionado aquela ação. Apenas um PER baixo não significa que seja algo positivo e muito menos uma oportunidade. O Estudo do PER é relativo, e apenas uma métrica componente de um estudo mais alargado.

 

“Interest rates have a large effect in the prevailing P/E ratios.”

(P. 172)


Os investidores pagam mais pelas ações quando os interest rates estão baixos e as obrigações estão menos atrativas.


TAXAS JURO BAIXAS ------» PER ELEVADO


PREVER OS FUTURE EARNINGS

(P. 173)


Ações baixam mesmo que os earnings sejam altos porque analistas profissionais e os seus clientes institucionais esperavam que fossem ganhos + altos.

Ações sobem mesmo que os earnings sejam pobres porque esperavam que fossem piores ainda.


São anomalias de curto prazo, na minha opinião, um pouco paradoxais e manhosas, mas naturais no mercado. Há relações entre as empresas, Estados e instituições de rating com interesses pouco alinhados com o investidor comum.

Se queres prever os earnings podes:

01 – Descobrir como a empresa pretende aumentar os earnings.

02 – Podes verificar periodicamente se isso está a acontecer.


COMO A EMPRESA PODE AUMENTAR OS EARNINGS

01 – Reduzir custos

02 – Aumentar preços

03 – Expandir para novos mercados

04 – Vender mais dos seus produtos nos velhos mercados

05 – Reestruturar, fechar ou libertar-se de uma unidade operacional perdedora.


EARNINGS é o que a empresa ganha durante o ano deduzindo os impostos e despesas. (P.175).

Como cada tipo de empresa (de acordo com as categorias que já identificamos) obtém os earnings:


_ ASSET PLAY é a unica que…

Podes sentar-te e esperar pelo valor ser reconhecido por outros (como já falamos - hidden assets). Nos restantes tipos de stocks algo dinâmico tem de acontecer para os earnings se obterem, mas no caso da Asset Play eles podem já lá estar.

  • Porque é que estou interessado nesta ação?

  • O que tem de acontecer para a empresa ter sucesso?

  • Que ratoeiras/obstáculos estão no seu caminho?


_ SLOW GOWER onde se está investido, provavelmente, pelo dividendo:

  • Tem aumentado os earnings todos os anos, nos últimos 10 anos?

  • Oferece um DY atrativo, nunca reduziu ou suspendeu o dividendo em bons e maus tempos incluindo algumas recessões?

  • Lançou um novo produto o que pode dar um boost ao Growth rate?


_ CYCLICAL

Verificar condições do negócio (setor) inventários e preço dos produtos.

  • Após um período de poucas vendas tipo 3 anos, é suposto o setor dar a volta. Verificamos procura, após período de fecho de fábricas e despedimentos?


_ ASSET PLAY

  • Temos de segmentar o negócio e ver quanto valem as partes. Pode-se constatar que há partes do negócio que tens de borla (serão os tais hidden assets).

  • Tem lucros estáveis?

  • Pouca divida?


_ TURNAROUND

Como segue o plano de reestruturação?

  • Saltou fora, alguma má unidade de negócio?

  • Novos projetos?

  • Reduziram despesas?


_STALWART

  • Qual o P/E ratio?

  • Aconteceu algum fator recente que permitiu mover o negócio?


_FAST GROWER

  • Por quanto mais tempo poderá continuar a crescer?

  • Encontrou um nicho e tem muito mais para galgar nesse nicho antes de saturar o mercado?

HISTÓRIAS CURIOSAS DE ALGUMAS EMPRESAS


Peter Lynch conta histórias deliciosas de várias empresas onde investiu e o que o moveu a apostar nelas, vou dar exemplos, mas terás de ler o livro pois está repleto destas experiências pessoais enriquecedoras…


A LA QUINTA, é uma rede de hotéis com clara subavaliação e bons prospetos para futuro, cujo alojamento estranhamente ficava a -30% que os Holliday Inn, para usufruto de uma qualidade idêntica. Eles procuraram construir os hotéis perto de cadeias de restaurante porque perceberam que os restaurantes eram uma das razões de maior reclamação dos clientes e oneravam as estadias.


BILDNER’S é uma loja de comida cujo investimento nela foi um erro. Sabemos que clonar um negócio (repetir algo que tem sucesso), pode ser rentável neste tipo e indústria, mas falhou aqui um dado fundamental, saber se o modelo de negócio funciona noutras regiões. Para isso, a empresa é que tem de provar que a clonagem noutro sítio (por exemplo) funciona e se há gerentes competentes para tomar conta dessas lojas.


“Nunca é tarde demais para não investir numa empresa que não deu provas ainda.” (P.194)


“Não é surpreendente que tantos anual reports vão parar ao caixote do lixo.”

Temos de os ler com atenção e o Balance Sheet (balanço) consolidado.


CURRENT ASSETS

- cash

- cash items

- marketable securities


Estes aspetos irão revelar-nos se a empresa tem um excelente Balance Sheet:


  • Consultar a overhall cash position e depois comparar com o ano anterior.

  • A Long therm debt está a reduzir?

  • O cash aumenta e a divida diminui?


LONG TERM DEBT – CASH = NET CASH POSITION


O cash excede a dívida?

Só isso é sinal que a empresa não vai falir.


Existe também a SHORT TERM DEBT.

Peter Lynch ignora totalmente a short term debt. Simplesmente assume que outros assets da empresa (tipo inventário) são suficientemente valiosos para cobrir a short term debt.


Quando a long term debt excede o cash, e o cash vai diminuindo ano após ano, a empresa está fraca financeiramente.


No 10 Year Financial summary vemos o número das shares outstanding, e se esse número tem vindo a reduzir, tal será positivo.


CASH + CASH ASSETS / NUMBER OF SHARES = NET CASH PER SHARE


Peter Lynch não quer que se ande atrás do ganso selvagem percorrendo labirintos nas contas. Mas há números que são importantes e simples de obter nos relatórios.


Na PARTE 2.B vamos ver quais são!


Na PARTE 2.B deste livro vamos aprender a consultar as métricas principais para compreender a situação financeira da empresa, saber elaborar uma checklist final de situações a observar consoante cada Ação que já previamente aprendemos a classificar... e conhecer alguns conselhos de Lynch para a escolha de Ações!



… se gostaste do conteúdo, vai seguindo esta série, pois no final, vais poder baixar o eBook completo do Resumo Comentado do ONE UP ON WALL STREET!


(continua!..)

Comments


bottom of page